OS IMPACTOS COGNITIVOS SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DEPENDENTES DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
OS IMPACTOS COGNITIVOS SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DEPENDENTES DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
DOI:
https://doi.org/10.61164/rsv.v7i1.3912Palavras-chave:
Impactos Cognitivos, Tecnologias Digitais, Terapia Cognitivo-Comportamental.Resumo
Nos dias atuais, é comum se discutir a respeito dos impactos do uso excessivo das tecnologias digitais por crianças e adolescentes, levantando-se certos questionamentos no que tange aos seus benefícios ou, ainda, a respeito dos malefícios para o desenvolvimento cognitivo, afetivo social na visão da psicologia e, mais precisamente, da Terapia Cognitivo-Comportamental. Destarte, considerando esses aspectos, este estudo tem o objetivo de discutir, por meio de Trabalho de Revisão Bibliográfica do Tipo Narrativo, mediante o olhar da psicologia as consequências da exposição indiscriminada às tecnologias digitais por crianças e adolescentes. As hipóteses dão conta de que as exposição continuada às mídias tecnológicas influenciam os aspectos cognitivos e comportamentais de crianças e adolescentes no âmbito familiar e social. Além disso, esse cenário interfere em questões ligadas a afetividade, bem com a relação de crianças e adolescentes com o binômio família e tecnologias digitais. Desse modo, existe a possibilidade de essa prática desenfreada possa interferir nas relações sociais de crianças e adolescentes seja dentro e/ou fora do ambiente virtual. Os resultados demonstram que essa dependência de tecnologias digitais, mais precisamente dos dispositivos midiáticos com telas, pode ter vários impactos cognitivos negativos em crianças e adolescentes. A exposição excessiva a essas tecnologias pode prejudicar a concentração, a memória de trabalho, a capacidade de planejamento e organização, a criatividade, o desenvolvimento da linguagem, a qualidade do sono, o autocontrole, entre outros fatores. Esses impactos podem ter consequências significativas na vida acadêmica, social e pessoal desses jovens, reforçando a importância de uma abordagem equilibrada e consciente em relação ao uso das tecnologias digitais. É fundamental que os pais, responsáveis e educadores orientem e monitorem o uso dessas tecnologias, estabelecendo limites claros de tempo e incentivando a realização de atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo de forma saudável e equilibrada.
Referências
BERRIBILI, Erika Giacometti-Rocha; MILL, Daniel. Impacto cognitivo do uso intensivo da internet: a autonomia dos estudos com dispositivos na adolescência. Educação & Formação, v. 3, n. 9, p. 177-188, 2018.
CGI.br; NIC.br. Seminários I e II: A operacionalização/aplicação da lei brasileira: imperativos legais em São Paulo, 2014.
CRISPIM, Emille Aparecida Botelho et al. O uso da internet e das mídias sociais pela população adolescente e suas interferências na saúde mental: revisão dos impactos biopsicossociais. 2022.
DA SILVA SANTOS, Maria Julyender; DIAS, Adriele Silva. A dependência de Internet como risco para a integridade da Saúde Física e Mental de Crianças e Adolescentes. Revista Parajás, v. 4, n. 2, p. 96-116, 2022.
FARACO, Priscilla Maria; TORRES, Lidiane Silva; DE SOUZA, C. H. M. Efeitos da pandemia no desenvolvimento de crianças: ciberespaços e tecnologias digitais. In: Congresso de Ensino Pesquisa e Extensão-CONEPE. 2020.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LORENZON, Ana Júlia Guimarães et al. Impactos do uso excessivo de redes sociais na adolescência: uma pesquisa bibliográfica. Disciplinarum Scientia| Saúde, v. 22, n. 3, p. 71-82, 2021.
MENDES, Rosiany Luzia Vieira; BADARÓ, Auxiliatrice Caneschi. Os impactos dos jogos eletrônicos nas habilidades sociais em adolescentes. Cadernos de Psicologia, v. 2, n. 3, 2020.
NISHI, Sandra Sayuri; DA SILVA, Diego. AS CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS DA EXPOSIÇÃO DE TELAS DIGITAIS EM CRIANÇAS DE 2 A 6 ANOS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 7, p. 157-173, 2023.
RAMOS, Daniela Karine; GARCIA, Fernanda Albertina. Jogos digitais e aprimoramento do controle inibitório: um estudo com crianças do atendimento educacional especializado. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 25, p. 37-54, 2019.
RAMOS, Daniela Karine; KNAUL, Ana Paula. O uso das tecnologias digitais na infância pode influenciar nos modos de interação social? Evidências de uma revisão sistemática de literatura. Interfaces da Educação, v. 11, n. 32, p. 159-187, 2020.
RIBEIRO, Eliane Gusmão et al. Saúde mental na perspectiva do enfrentamento à COVID-19: manejo das consequências relacionadas ao isolamento social. Revista Enfermagem e Saúde Coletiva-REVESC, v. 5, n. 1, p. 47-57, 2020.
SALES, Synara Sepúlveda; DA COSTA, Talita Mendes; GAI, Maria Julia Pegoraro. Adolescentes na Era Digital: Impactos na Saúde Mental. Research, Society and Development, v. 10, n. 9, p. e15110917800-e15110917800, 2021.
SERQUEIRA, Caroline Ferreira Costa; TONO, Cineiva Campoli Paulino; BERNARTT, Roseane Mendes. DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA E OS FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. CONEXÃO JOVEM, p. 139, 2021.7
SILVA, Natalia Querino da. Percepção dos pais sobre o uso de aparelhos eletrônicos por crianças de 6 aos 12 anos no contexto da Covid-19. 2021.
SOUZA, Karlla; DA CUNHA, Mônica Ximenes Carneiro. Impactos do uso das redes sociais virtuais na saúde mental dos adolescentes: uma revisão sistemática da literatura. Revista Educação, Psicologia e Interfaces, v. 3, n. 3, p. 204-2017, 2019.
TEIXEIRA, ANDRÉA CRISTINA DE SOUZA BORGES. As consequências psicológicas e físicas da dependência de internet em adolescentes. 2021
YOUNG, Kimberly S.; DE ABREU, Cristiano Nabuco. Dependência de internet em crianças e adolescentes: fatores de risco, avaliação e tratamento. Artmed Editora, 2018.
ZANCAN, Cássia Rejane Balvedi; TONO, Cineiva Campoli Paulino. Hábitos dos adolescentes quanto ao uso das mídias digitais. EDUCA-Revista Multidisciplinar em Educação, v. 5, n. 11, p. 98-119, 2018.